Esperanto
 
 
O Esperanto como Revelação - Capítulos I, II, III e IV
 
 

   Segue abaixo os quatro capítulos iniciais do livro, O Esperanto como Revelação. Nas próximas postagens, colocaremos os capítulos seguintes.


O ESPERANTO COMO REVELAÇÃO


Psicografia de FRANCISCO CÂNDIDO XAVIER

Ditado pelo Espírito Francisco Valdomiro Lorenz

A 19 de janeiro de 1959, em Uberaba, Brasil.

   ÍNDICE



   I - Além da Morte
   II - Problema da Linguagem na Espiritualidade
   III - Disparidade de Linguagens e Separação dos Espíritos
   IV - Necessidade de uma Língua Internacional
   V - Criação do Esperanto entre os Espíritos
   VI - Criação do Esperanto entre os Homens
   VII - Contribuição Mediúnica na Difusão do Esperanto
   VIII - Exigências da Solidariedade
   IX - Idioma Internacional e Religião Universal
   X - Em Saudação



   I - ALÉM DA MORTE


  Despertando, fora da roupagem constringente do corpo físico, e sobrepujando-nos à comoção natural do processo liberatório da alma, insopitável anseio de expansão nos excita.
 Compelidos a reajustar o quadro informativo das definições teológicas, acordamos e, reconhecendo o impositivo da própria renovação, sonhamos perlustrar os caminhos do mundo.
  Conhecer, enfim, a Terra! Auscultar-lhe a ancianidade e a grandeza! Penetrar a cultura dos povos e sentir-lhes de perto o conjunto de tradições e lendas, crenças e costumes!
   Não apenas escutar as palavras que se pronunciam agora nas ruínas de Tebas ou nos templos de Benares, nas ruas de Atenas ou nos santos lugares de Jerusalém, nas relíquias de Roma ou nos campos da França, mas também assinalar, de viva voz, os apontamentos dos arquivistas do espírito, que velam pela sabedoria do Egito e protegem o Mânava Dharma Sastra ou as Leis de Manu da Índia Bramânica, que sustentam os registos das anotações de Sócrates e das lições originais de Jesus, e que nos poderão revelar os editos dos imperadores romanos e repetir as palavras de Vercingetórix, o herói gaulês, quando se rendeu aos soldados de Júlio César para adornar-lhe o triunfo!...
   Quem, na euforia do veículo espiritual rarefeito, não aspirará a transportar-se, de surpresa em surpresa, nos domínios da inteligência, como a falena, ébria de liberdade e de luz, volitando de flor em flor?


   II - PROBLEMA DA LINGUAGEM NA ESPIRITUALIDADE


   Na esfera imediata à moradia humana, porém, o problema da linguagem é daqueles que mais nos afligem o senso íntimo.
   O idioma simbólico prevalece, com efeito, para as grandes comunidades dos Espíritos em mais nobre ascensão. O império da arte pura é aí a sublimação permanente da Natureza.
   A música diviniza a frase e a pintura acrisola a imagem, esculpindo-se monumentos que falam e gravando-se poemas que fulguram, através da associação de cores e sons, no assombroso quimismo do pensamento.
   Entretanto, essa residência de numes, semelhante aos Campos Elísios da tradição mitológica, situa-se muito além do lar humano em que nos florescem as esperanças.
   Ainda aqui, aos milhões, não obstante se nos descerrem horizontes renovadores, achamonos separados pela barreira lingüística.
   Vanguardeiros do progresso, como é justo, adquirem contacto com idiomas nobres ou dominam dialetos aqui e acolá; isso, no entanto, com reduzido rendimento no trabalho educativo que se propõem efetuar.
  Para isso, os mais credenciados, do ponto de vista moral, reencarnam-se nos países e regiões que lhes granjeiam devoção afetiva, com sacrifício participando do patrimônio cultural que os caracteriza, gastando decênios para a esses torrões ofertar esse ou aquele recurso de aperfeiçoamento às próprias concepções.
 Isso porque a palavra pronunciada ou escrita é e será ainda, por milênios, o agente de transmissão dos valores do espírito, estabelecendo a comunhão das almas, a caminho da Grande Luz, nas zonas de aprendizado em que se nos desenvolvem as lutas evolutivas.


   III - DISPARIDADE DE LINGUAGENS E SEPARAÇÃO DOS ESPíRITOS


 Nas linhas inferiores da Terra, os seres de caráter rudimentar, pelo primitivismo das manifestações que os singularizam, correspondem-se facilmente uns com os outros.
   Os bovinos de uma pastagem síria berram de modo análogo aos brutos da mesma espécie numa estância chilena, e o gemido de um cão em Londres é idêntico, em tudo, ao choro esganiçado de um cão em Tóquio.
  Do fonema, porém, à linguagem articulada, vigem milhares de séculos, marcando a peregrinação da inteligência.
   Se o animal, diante do homem, está limitado no cubículo da interjeição, o homem, perante o anjo, ainda está preso ao cárcere verbalístico.
   Por essa razão, entre as criaturas encarnadas e entre as criaturas desencarnadas, apesar da reflexão mental inconteste, a linguagem é veículo ao plasma criador do pensamento, estendendo-o ou enquistando-o, conforme o raio de ação em que se demarca.
   As conquistas de um povo estão, desse modo, encerradas com ele, em seu mundo idiomático, retardando-se, indefinidamente, a permuta providencial que faria das nações mais cultas mentoras diretas das que respiram na retaguarda.
   À face disso, o Oriente e o Ocidente sempre nutriram entre si profundas antinomias e raças diversas se digladiam, desde longevas civilizações, restritas à faixa das idéias que lhes são próprias, cristalizadas na hegemonia política ou religiosa, mantendo guerras periódicas de perseguições e extermínio, em que largas possibilidades de tempo são sacrificadas ao deserto do afastamento, no qual a ignorância se converte em perigoso verdugo, embora os princípios redentores, formulados pelos pioneiros da evolução, convocando as pátrias terrestres ao aprimoramento e à fraternidade, repousem nas bibliotecas preciosas e bolorentas, à feição de mortos ilustres.


   IV - NECESSIDADE DE UMA LÍNGUA INTERNACIONAL


   Urgia, desse modo, não apenas para o ajuste de humanas cogitações, a criação de uma língua auxiliar que interligasse os territórios do espírito. Um sistema de comunhão que exonerasse os lidadores do avanço intelectual de maiores entraves para o acesso aos tipos mais altos de cultura...
  Ansiavam milhões de almas pela libertação das algemas lingüísticas que lhes mumificavam as expressões.
  Espíritos habilitados a vôos amplos, nos céus da ciência e da arte, da instrução e da indústria, restringiam-se aos preceitos e ritos mentais dos tratos de gleba em que agiam ou renasciam, sufocados no círculo angusto de parco vocabulário, quais pássaros de majestoso poder, aprisionados na férrea gaiola da insipiência.
   Grandes comunidades imperiais, quais a Rússia e a Grã-Bretanha, mostravam-se divididas por línguas várias e múltiplos dialetos, afigurando-se como corpos gigantescos em que o sangue mental circulasse deficiente.
 E além da paisagem propriamente terrestre, as criaturas libertas do carro físico, se excepcionalmente evoluídas, no intervalo das reencarnações necessárias, via de regra não conseguiam transcender a fronteira de realizações dos grupos raciais a que se viam jungidas.
  Inteligências dos conjuntos asiáticos, africanos, ameríndios, latinos, eslavos, saxônios e de outros agrupamentos permutavam aquisições, imolando cabedais insubstituíveis de tempo.
  Verificando as imensas dificuldades para o intercâmbio de tribos e povos desencarnados, especialistas espirituais de fonética, etimologia e onomatopéia empreenderam a formação de um idioma internacional para entendimento rápido nas regiões espaciais vizinhas do Globo, multiplicando, em vão, tentames e experiências, até que um dos grandes missionários da Luz, consagrado à concórdia, tomou a si o exame e a solução do problema.

 
 
 
 
 
 
Fonte: O Consolador - Biblioteca Virtual
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O dia 31 de Outubro agora no Brasil, após a Lei número 13.246/2016, fica instituído o como Dia Nacional da Proclamação do Evangelho e em seu artigo 20 fala sobre a ampla divulgação à proclamação do Evangelho, sem qualquer discriminação de credo dentre igrejas cristãs.



 
 
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