Conhecida também como Lei da Palmada, ela determina que pais, demais integrantes da família, responsáveis e agentes públicos executores de medidas socioeducativas que dscumprirem a norma vão receber encaminhamento para um programa oficial ou comunitário de proteção à família, tratamento psicológico ou psiquiátrico e advertência.
Em O Livro dos Espíritos, questão 1009, o Apóstolo Paulo em comentário a esta questão, diz: “O castigo só tem por fim a reabilitação, a redenção”.
A necessidade de correção na educação dos filhos é ponto pacífico entre os que estudam e trabalham no sentido de melhorar a sociedade por meio da Educação.
É indiscutível que o verbo corrigir é um dos mais importantes a ser conjugado pelos pais na busca da orientação e preparação dos filhos para um futuro redentor.
A polêmica se instala quando se discute quais os recursos a serem utilizados. Ao se falar em palmadas, penetramos em um campo de divergências.
Há duas correntes entre educadores, psicólogos, pedagogos, terapeutas, etc. quanto a usar ou não tal recurso. Para uma corrente ainda há necessidade e situações em que tal recurso seja útil e traga qualquer proveito.
Quando podemos considerar errado o uso da palmada?
Será sempre indevido o uso da palmada a toda hora, por bobagens quaisquer, como recurso corriqueiro. Se for útil, o será como último recurso. Qualquer tipo de repreensão nunca será a primeira medida. Diz-nos o Espírito Camilo, através da mediunidade de Raul Teixeira, no livro Desafios da Educação, que “a repreensão e, por sua vez, um instrumento a ser utilizado quando o diálogo com as boas conclusões não surte efeito ou quando a criança se fecha às possibilidades de uma conversa”.
Walter Barcelos, no Livro educadores do coração, opina favoravelmente, desde que com moderação: “As palmadas tem também sua hora e sua carga exata e medida. (...)”... Seu valor educativo está na sua aplicação moderada e equilibrada, no momento certo, quando as crianças se caracterizam pela rebeldia e teimosia, desrespeito e desobediência continuada e rovocante, reincidindo nas mesmas faltas.
Palmadas moderadas, seguidas de esclarecimentos ou buscando a ordem, a obediência e o respeito.
Rodolfo Calligaris, no livro A Vida em Família, entende que às vezes será necessário recorrer a castigos, apesar de todos os cuidados, pois nem sempre a criança obedecerá aos regulamentos: “tem-se como admissíveis (quando se faça estabelecer uma associação penosa às ações que lhe tenham sido proibidas ou que possam causar-lhe dano)”.
Um diretor de escola, em carta enviada à revista superinteressante diz em seu depoimento: “As palmadas e castigos devem ser dados, já vi crianças entre cinco e sete anos que durante uma discussão agrediram os pais com chutes e palavrões. As punições existem para estes casos.”
A educadora Tania Zagury comenta no livro “Educar sem culpa” sua posição contrária dizendo que: “Os pais chegam ao momento de bater porque deixaram passar muito a hora de agir com firmeza”.
A diversidade de caráter dos espíritos que reencarnam na Terra, ainda é obstáculo a que sejam abandonados certas práticas tal qual a palmada.
Há espíritos ainda profundamente rebeldes e endurecidos que dificultam a adoção de condutas mais amenas.
Numa visão superior, lembremos que o Evangelho é um código Divino de amor e sabedoria, e como pais espíritas que somos, fica patente que cabe-nos abandonar tal instrumento. Na Terra, no futuro, será definitivamente abolida a palmada, assim como as almas, mais esclarecidas, abandonarão a violência e o crime na convivência social.
Quanto mais orientação, amor e compreensão à luz do Cristo, da tarefa educativa, mais saberemos nos antecipar a muitos erros e falhas e mais penetraremos no coração de nossos filhos, aprendendo a usar as ferramentas Cristãs na oficina da educação para que, no futuro, somente usemos os recursos do carinho e do diálogo.
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