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Mediunidade ou transtorno mental?
 
 



  Estudo do Núcleo de Pesquisas em Espiritualidade e Saúde da Universidade Federal de Juiz de Fora investiga diferenças entre a experiência espiritual e o transtorno mental. O trabalho faz parte da tese de doutorado em saúde brasileira do professor da UFJF Adair Menezes Júnior.



  A metodologia prevê a avaliação de 100 pessoas que, ao buscar ajuda em centros espíritas, são identificadas como médiuns pelos atendentes. Os indivíduos são submetidos a entrevistas que avaliam diversos aspectos psicológicos e psiquiátricos. Depois de um ano, as mesmas pessoas são entrevistadas novamente para avaliar como foi a evolução de suas vivências e das variáveis psicológicas e psiquiátricas investigadas.

  “A mediunidade está presente ao longo da história em praticamente todas as civilizações, com registros de fazer parte da base de grande parte das religiões. Sendo assim, é uma experiência humana que precisa ser melhor investigada”, justifica Alexander Almeida.


  O orientador do trabalho, professor da UFJF Alexander Moreira-Almeida, revisou estudos, ao lado de Menezes identificando nove critérios que podem ser úteis na diferenciação entre uma experiência espiritual saudável e um transtorno mental.


  São eles: ausência de sofrimento psicológico, ausência de prejuízos sociais e ocupacionais, duração curta da experiência, atitude crítica (ter dúvidas sobre a realidade objetiva da vivência), compatibilidade com o grupo cultural ou religioso do paciente, ausência de comorbidades (coexistência de doenças ou transtornos), controle sobre a experiência, crescimento pessoal ao longo do tempo e uma atitude de ajuda aos outros. Segundo o orientador do trabalho, Alexander Almeida, "A presença dessas condições sugere uma experiência espiritual não patológica, mas, por outro lado, há carência de estudos bem controlados testando esses critérios".



  Essa pesquisa é uma continuidade de outro trabalho do professor Alexander, no qual reuniu 115 médiuns espíritas, o maior número já investigado em todo o mundo, de nove centros espíritas selecionados aleatoriamente na cidade de São Paulo. Eles foram entrevistados com base em questionários psiquiátricos padronizados, desenvolvidos pela Organização Mundial de Saúde. O estudo concluiu que os médiuns apresentaram baixa prevalência de problemas psiquiátricos e bom ajustamento social, com alta escolaridade e baixo desemprego.


  Conforme Moreira-Almeida, as manifestações mediúnicas da maioria dos médiuns começaram na infância e que, atualmente, essas ocorrências não implicam fundamentalmente que a pessoa seja esquizofrênica. Além disso, segundo o trabalho, a mediunidade provavelmente se constitui numa vivência diferente do transtorno de personalidade múltipla.



   De acordo com o professor, que é psiquiatra e coordenador do Nupes, a mediunidade foi considerada, pela Medicina, nos séculos 19 e 20, como um grave transtorno mental. Nas últimas décadas, porém, esse conceito desapareceu. "Os médiuns, assim como qualquer pessoa, podem sofrer de transtornos mentais. Mas os estudados exibiram um bom nível de ajustamento social e uma prevalência de problemas psiquiátricos menor do que a população geral", declara.



  O principal objetivo do estudo foi definir o perfil sociodemográfico e a saúde mental em médiuns espíritas, além do histórico de suas experiências mediúnicas. Realizado em São Paulo, na época, o trabalho reuniu investigações que apontaram, entre outros dados, que 2,7% dos médiuns entrevistados eram desempregados, 46,5% possuíam ensino superior e 76,5% eram mulheres. Além disso, a média de idade dos entrevistados era de 48 anos e a média de anos no espiritismo, de 16 anos.



  A pesquisa foi feita para a tese de doutorado em psiquiatria do professor, na USP, em 2005, intitulada "Fenomenologia das experiências mediúnicas, perfil e psicopatologia de médiuns espíritas", apresentada em congressos em vários países. Moreira-Almeida possui outras pesquisas na área, em andamento, como casos de cirurgia espiritual e estudos históricos de investigações científicas de experiências espirituais.





 
 
 
 
 
 
Fonte: Universia
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